“Um
lar, uma família... o sonho de todo humano! Agora imaginem toda uma
família construindo casinhas e tantos outros acessórios que irão fazer
parte de lares de todo o mundo alegrando o ambiente, dando um toque
decorativo e utilitário ao local. Assim o artesão Paulo Pipino faz arte
com colaboração de seus pequenos filhos e parentes.”
O artesão carioca da cidade de Bom Sucesso, Paulo Pipino Ferreira, 52, é
casado há 18 anos com Valéria de Souza Bruno, 40, com quem tem três
filhos: Fabiano Augusto, 14, Paolla, 11, e Telma Beatriz, 3. De seu
primeiro casamento, ele tem um casal Sonali, 23, e Fernando, 22, os
quais lhes deram dois belos netos: Lucas e Mateus. Em sua infância
difícil, Paulo nos conta que confeccionava seus próprios brinquedos como
caminhões e tratores que muitas vezes vendia; sua especialidade era
criar novos modelos. Os anos se passaram e o artesanato veio novamente
tomar conta de sua vida; desta vez, profissionalmente. Foi em 1973,
quando foi morar em Duque de Caxias/RJ, que ele iniciou o contato com a
madeira, e a arte do criar tornou-se cúmplice de seu dia-a-dia. Sua
competência lhe trouxe o merecimento do cargo de “chefe de serviços
visuais e artesanais” do município. Durante dois anos e meio ele foi
também presidente da feira de artesanato. Por volta de 84, envolveu-se
no trabalho com menores carentes, ensinando um pouco do que a vida lhe
havia ensinado... Trabalhou também durante quatro anos na feira de
artesanato da cidade de Cabo Frio e em Belo Horizonte/MG, na Praça
Liberdade. Ele já freqüentava Ubatuba há uns 25 anos. Um dia, sua esposa
veio com ele e apaixonou-se pela fascinante cidade prometendo para si
mesma um dia vir morar aqui. Foi então que, em 1993, a promessa
tornou-se verdade... completando nove anos. Paulo diz que a cidade de
Bom Sucesso lhe proporcionou profissionalizar-se, porém foi em Ubatuba
que conquistou sua realização pessoal.
Paulo já criou durante sua carreira cerca de 128 peças personalizadas,
mas hoje é conhecido como “Paulo das Casinhas”. Suas peças, além de
decorativas, sempre têm a preocupação de ser um utilitário. Suas
casinhas geralmente são porta-chaves, mas ele também faz bandejas,
coqueteleira inglesa, porta-retratos, etc.
Sua
vida é fazer projetos e já recebeu convite até para expor peças no
exterior, como Japão e EUA. Hoje ele está envolvido em um projeto
voluntário para profissionalizar menores carentes e também é um dos
examinadores da Sutaco (Superintendência do Artesanato da Comunidade).
Paulo diz que o artesanato já teve um espaço mais beneficiado
comercialmente e que hoje a venda dos produtos encontra uma certa
dificuldade no mercado de trabalho. Assim ele optou por trabalhar em
família e até mesmo a pequena Beatriz brinca de montar peças. A produção
é realizada por etapas, do corte da madeira até a pintura e, por fim, os
acabamentos. Casas de todos os tamanhos e para todos os gostos habitam o
galpão e ateliê de Paulo Pipino.
Quem quiser conhecer e adquirir as peças é só visitá-lo à rua Otávio
Silvia Frade, 284 - bairro da Estufa II, ou na feira hippy, na barraca
nº 25. Suas peças também são encontradas na lojinha da Fundart. |